Museu da Existência

Amarelo Silvestre (Direcção Artística Fernando Giestas e Rafaela Santos), Museu da Existência, 2016

Um homem, Senhor Melo, decidiu construir um Museu com objetos que as pessoas fazem existir. Se não fosse o valor que as pessoas lhes atribuem, esses objetos não existiam, diz ele.

Assim, existe o chapéu salva-vida, o pão torrado que alimentou um amor clandestino, a aliança da revolução que acabou com a guerra e a boneca que não se pode partir e a borracha que não se pode gastar. E o frasquinho de que é melhor não falar (é mais fácil se lerem a história – as histórias dos objectos estão escritas).

É isso o Museu da Existência.

O Senhor Melo cita as suas próprias inspirações para a construção desta casa: o Museu da Inocência, livro do escritor turco Orhan Pamuk que conta a história de um homem que construiu um museu – Kemal, assim se chama ele – esse museu, também intitulado Museu da Inocência, pode ser visitado em Istambul, na Turquia; e Um Modesto Manifesto para Museus, do mesmo autor, Orhan Pamuk, Prémio Nobel da Literatura 2006, que advoga que o futuro dos museus é dentro das nossas casas.

É isso o Museu da Existência. Uma casa. Com pessoas e objectos. É isso uma casa. O Museu da Existência.

A colecção do Museu da Existência a apresentar nas diferentes localidades terá objectos de pessoas desses municípios.

Amarelo Silvestre, companhia de teatro portuguesa activa desde 2009.

http://www.amarelosilvestre.com/Museu-da-Existencia

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